sábado, 16 de outubro de 2010

Fobias

O medo é um sentimento comum a todas as espécies animais e serve para proteger o indivíduo do perigo, pode ser definido como uma sensação de que algo ruim pode acontecer seguido de sintomas físicos que incomodam, ou com um sentimento vivenciado diante do risco. Todos nós temos medo em algumas situações nas quais o perigo é iminente. Quando esse medo é excessivo e irracional em relação à ameaças, apresentando fortes sinais de perigo e acompanhado de comportamento de evitação quanto ás situações causadoras do medo, é chamado de fobia.
Fobia (do latim e do grego, phobia, significa medo intenso, ou irracional, aversão instintiva, hostilidade ou uma reação mórbida no comfronto de qualquer coisa). Esta ocasiona em estado de angústia, impossível de ser dominado, que se traduz por violenta reação do evitamento, e que sobrevém de modo relativamente persistente, quando certos objetos, tipos de objetos ou situações se fazer presentes, imaginados ou mensionados. As fobias são classificadas entre as neuroses de angústia, na Teoria Clássica das Neuroses.
Existem três tipos básicos de fobias, que são:
  • Agorafobia: inclui medo de espaço aberto, da presença de multidões, da dificuldade de escapar rapidamente para um local seguro (em geral a própria casa). A pessoa pode ter medo de sair de casa, de entrar em uma loja ou shopping, de viajar sozinho. Muitas pessoas referem um medo aterrorizante de se sentirem mal e serem abandonadas sem socorro em público. Muitas pessoas com agorafobia apresentam também o transtorno de pânico.
  • Fobia social: neste caso a pessoa tem medo de se expor a outras pessoas que se encontram em grupos pequenos. Isto pode acontecer em reuniões, festas, restaurantes e outros locais. Muuitas vezes elas são restritas a uma situação, como por exemplo, comer ou falar em público, assinar um cheque na presença de outras pessoas ou encontrar-se com alguém do sexo oposto. Muitas pessoas apresentem também baixa auto-estima e medo de críticas. Usualmente a pessoas nessas situações apresenta rubor na face, tremores, náuseas. Em caos extremos pode isolar- se completamente do convívio social.

  • Fobia específica (ou isoladas): como o próprio nome diz, são fobias restritas a uma situação ou objetos altamente específicos, tais como, animais inofensivos (zoofobia), altura (acrofobia), trovões e relâmpagos (astrofobia), voar, espaços fechados (claustrofobia), doenças (nosofobia), dentista, sangue, entre outros. A incapacitação da pessoa no dia a dia depende do tipo de fobia e de quão fácil é evitar a situação fóbica

Hoje em dia, ao contrário de antigamente, os fóbicos procuram ajuda especializada. Pois antigamente os doentes ia progressivamente isolando-se, fechando-se. E essa mudança se deu pelo avanços medicinais e à eficácia dos tratamentos.

Tratamentos psicológico

  • Terapia Comportamental: (Fobias em geral). A técnica básica consiste em expor gradualmente o paciente à situação que lhe causa medo, a fim de que possa superá-lo. Quem não consegue dirigir, por exemplo, começa o tratamento com sessões nas quais apenas dá-se partidas no carro. O passo seguinte é estimular a pessoa a dar algumas voltas pelas redondezas de sua casa. As distâncias dos passeios vão aumentando progressivamente, até que ela sinta-se segura para guiar numa estrada.
  • Terapia Cognitiva: (Fobia social, medos em geral). O paciente é levado a analizar racionalmete seus medos, comparando os dados da realidade com suas ideias pessimistas. Uma pessoa que teme falar com seus superiores no trabalho é questionada sobre se realmente há motivo para tanto. O terapeuta pode perguntar a ela se já foi ridicularizada, humilhada, criticada em público, etc. A partir das respostas, que geralmente são negativas, a mesma vai descobrindo como sua patologia não tem razão de ser. Depois de algum tempo, o paciente é estimulado a enfrentar as situações que lhe dão angústia, de forma semelhante ao que aconteceu na terapia comportamental.

  • Terapia Interoceptiva: ( Transtornos de Pânico). Estimula-se o paciente a deflagrar em si mesmo os sintomas físicos do Pânico, como vertigens, tonturas, falta de ar e taquicardia. O propósito é ensinar uma técnica de respiração abdominal que ajuda a controlar essas sensações ruins. Para provocar uma tontura, o paciente pode ser colocado numa cadeira giratória, que é movimentada com rapidez. Quando atinge um estado semelhante ao que experimenta nos ataques de Pânico, ele deve começar a respirar pelo nariz, de forma lenta e profunda, a fim de que o ar chegue ao abdome. Em seguida, deve expirar vagarosamente pela boca. A técnica não cura, mas pode atenuar em até 50% a incidência dos sintomas de Pânico. Além disso, ao perceber que durante uma crise ele possui algum controle sobre seu corpo, o paciente adquire mais confiança e acaba por temer menos as situações que detonam os ataques.

Obs: Não existem só esses tratamentos psicológicos. Existem outros, porém esses são os mais conhecidos pelos terapeutas e ou mais aplicados.

Referências:

http://www.psicologia.org.br/internacional/gloss.htm

http://www.brasilescola.com/psicologia/fobias.htm

http://www.saudemental.net/fobias.htm

http://gballone.sites.uol.com.br/voce/medos.html